domingo, 17 de abril de 2011

Carta para o CFM

           Por Célio Oliveira
          
           A carta para enviar ao Ministério da Educação e ao Conselho Federal de Medicina ficou pronta. Ela segue abaixo, juntamente com os endereços eletrônicos dos dois órgãos. Vale ressaltar que essa mensagem ficou padronizada para o MEC. Portanto, quem quiser participar do movimento, deve alterar o último parágrafo, trocando o nome "Ministério da Educação" por "Conselho Federal de Medicina".
Venho, através deste instrumento, explanar minha indignação e insatisfação com o atual quadro de controle e manutenção das Escolas Médicas do Brasil.
Na última década, houve um crescimento exacerbado e desnecessário no número de instituições que ofertam vagas para o curso de medicina,tanto públicas como privadas.
De imediato, não há um real problema em aumentar o número de vagas em qualquer modalidade de curso superior, mas há quando o aumento de vagas compromete a boa qualificação de estudantes já ingressados ou que pretendem cursar o nível superior. Este comprometimento ocorre, principalmente, pelo fato de uma mesma verba anual, que outrora poderia ser direcionada para uma melhoria e/ou manutenção de cursos já existentes, agora ser redirecionada tanto em âmbito federal, quanto estadual, ou até dentro da própria instituição de ensino, para um curso que o número de vagas existentes já é mais que o devido para suprir as necessidades da sociedade brasileira.
No Brasil, para uma população com cerca de 190 milhões de habitantes, há 187 escolas médicas formando cerca de 15.000 médicos generalistas. Isso representa cerca de 650 habitantes para cada médico, chegando ao extremo em Niterói – RJ, onde há um médico para 167 habitantes. Segundo a ONU, o ideal é que haja um médico para uma população média de 1000 pessoas. Nos países que controlam a oferta de vagas, percebe-se uma formação acadêmica melhor, sem provocar excesso de profissionais e sucateamento da saúde pública. Apesar de os Estados Unidos não terem uma política de assistência da saúde como a nossa, vale citá-lo como um bom exemplo. Lá, existem 150 escolas médicas, controle maior na formação de médicos e saúde de referência para o mundo.
O rumo da medicina no Brasil pode ser mais promissor, tanto para os profissionais desta classe como para a sociedade, se houver uma intervenção direta do Ministério da Educação e de órgãos competentes, ao qual todos nós, estudantes de medicina e médicos, acreditamos e confiamos no poder de controlar a educação do nosso País. Peço uma intervenção que impeça a abertura de novos cursos ou vagas para o curso de medicina, tanto em instituições públicas como privadas, e fiscalização e a penalização das escolas médicas que não apresentarem um índice real de interesse em formar bons profissionais médicos. 
Diante dos motivos expostos acima, espero uma resposta do Ministério da Educação e, desde já, agradeço pela atenção. 

Endereços:
Conselho Federal de Medicina
cfm@portalmedico.org.br
MEC
Assessoria de Comunicação Social - ACS
acsgabinete@mec.gov.br
Assessor Especial de Controle Interno
aeci@mec.gov.br

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